25 de dezembro de 2010

Poesia

Humildade

Senhor, fazei com que eu aceite

minha pobreza tal como sempre foi.

Que não sinta o que não tenho.

Não lamente o que podia ter
e se perdeu por caminhos errados
e nunca mais voltou.

Dai, Senhor, que minha humildade

seja como a chuva desejada
caindo mansa,
longa noite escura
numa terra sedenta
e num telhado velho.

Que eu possa agradecer a Vós,

minha cama estreita,
minhas coisinhas pobres,
minha casa de chão,
pedras e tábuas remontadas.
E ter sempre um feixe de lenha
debaixo do meu fogão de taipa,
e acender, eu mesma,
o fogo alegre da minha casa
na manhã de um novo dia que começa.

Cora Coralina
http://pensador.uol.com.br/os_melhores_poemas_de_cora_carolina/

3 comentários:

Maria José Rezende de Lacerda disse...

Cora Coralina é simplesmente espetacular e falar de humildade com essa propriedade só mesmo para pessoas sensíveis de alma. É um prazer seguir seu blog. Grande abraço.

wcastanheira disse...

Oi amiga, mto legal sua página, bonstextos e uma ilustração q condiz com aquilo q vc mostra, seja bem vinda, aqui vc encontrará carinho e boa vontade em faze-la cada dia mais FELIZ, este espaço ´é uma área aberta para amizades e artes, pra vc aqui deste cantinho do RS lhe envio bjos, bjos e bjossssssss

Carlos Espirita disse...

Bom dia amiga, gostei muito do seu blog. Fiquei feliz com sua visita ao carlos espirita.
Te desejo um maravilhoso ano de 2011.
Felicidades,
Carlos

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